Inferno astral – rebelião, protesto, assalto, pesquisa eleitoral, agitaram a segunda-feira de Zé Melo

O inferno astral do professor José Melo, governador e candidato à reeleição, “está de lascar, está de doer”, como diria Chico Buarque, em uma de de suas consagradas composições.

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https://www.youtube.com/watch?v=C85ntTswCm0&feature=youtu.be

A coisa está tão preta que nem oração de sapo-seco tem conseguido afastar os fantasmas que não param de aterrorizar o professor “ternurinha, paz e amor” desde que sentou, em abril, na cadeira de governador que era ocupada por Omar.

Nesta segunda-feira, 01, por exemplo, Melo sequer  levantara da cama e foi surpreendido com a notícia de que o Durango tinha largado mais uma pesquisa. Resultado: Melo tremeu que nem vara verde com a pesquisa que lhe esbugalhava os olhos e queimava as mãos com os dados quentinhos, saídos do forno naquele instante.

Os números da Perspectiva e Tecnologia eram  desconcertantes: Eduardo Braga ganha no primeiro turno, com 51,9% das intenções de votos, contra 31% tabulados para ele, Melo.

E antes que conseguisse “sacudir a poeira e dar a volta por cima”, novas notícias, agourentas, agora na parte da tarde, voltavam a tremer as estruturas do professor: um quadrilha assaltava uma agência do Bradesco em Apuí no mesmo instante em que detentos da cadeia pública de Parintins tomavam aquele presídio em protesto a superlotação.

Melo coçou a cabeça, passou a mão nos seus poucos fios de cabelo e telefonou para o Omar em tom profético: “estou ferrado.  Até a Jobast quer me ferrar”.

Já era noitinha, Melo se preparava para sair. Já tinha tomado, inclusive, um bom banho de sal grosso, colocado no bolso alguns amuletos inseparáveis, como trevo de quatro folhas, fita do Senhor do Bonfim, ferradura, figa e um par de olho de cabra. Mas não vingou.

Nem mesmo colocara os pés fora de casa e um novo sobressalto: Melo fora avisado que a reunião com o secretário de Educação, Rossieli Soares da Silva, tinha pipocado.

A convocação dos sofridos professores e funcionários da Seduc a comparecer ao salão do Stillus  para mais uma sessão de lavagem cerebral  foi  gota d’água. Rossieli Soares foi recebido com veemente protesto. Uma imensa faixa aberta em frente a mesa, da qual comandaria a tortura, com os dizeres que podem ser vistos na foto, é o desabafo, é o grito de protesto preso na garganta não só contra a manipulação indevida dos trabalhadores do estado, pressionados a votar em Zé Melo, mas também contra um governo alheio à educação, à segurança, à saúde e aos nobre interesses do estado.

E tome vaia.

 

 

 

 

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