Pastor é expulso da Assembléia de Deus por não apoiar Silas Câmara

O capeta está solto lá pelas bandas da “Boas Novas” – Igreja dos “mano” Câmaras, cujo império foi construído por Samuel. Começou como “Pequena Igreja” e se transformou em “Grande Negócio”.

O negócio segue mais ou menos o mesmo figurino inventado por Edir Macedo e de onde saiu RR Soares, Valdemiro e onde ainda está o sobrinho Crivela: compram uma Bíblia em qualquer lugar, dão uma lida superficialmente e, atrelados ao credo católico, montam um corpo de doutrinas que, aparentando diferença, enganam até mesmo os escolhidos.

Veja o vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=jtFfcp_8V-A

Aliás, os “escolhidos” é que são mesmo enganados.

Onde está o “grande negócio”?

Primeiro, trata-se de uma organização que goza de Imunidade Fiscal pela Constituição Federal. A Igreja não tem de pagar impostos.

Segundo, serve muito bem como atividade para “lavagem de dinheiro”, pois as doações são sempre em espécie, sem origem certa, que entram na contabilidade da empresa e se tornam “dinheiro limpo”, isto é, passa a ter origem lícita: os “irmãos”, ou seria “manos”. Claro que os “irmãos” estão sendo enganados.

Toda a grana que entra nas Igrejas (que são numeradas para facilitar o controle) vai para os pastores da empresa-mãe, os “Câmaras”, os quais firmam contrato do tipo “franquia”, com um valor mínimo mensal que tem de ser repassado.

Para que a arrecadação seja sempre crescente, adota-se a “teologia da prosperidade”, pela qual os “irmãos” devem se desfazer de seus bens em favor da igreja como prova de fé nas bênçãos que certamente “deus” irá prover, bem como “milagres” muito bem elaborados, que prendem os “irmãos” em uma espécie de “armadilha infernal”.

A partir desse esquema “teológico” mafioso, criam-se impérios de comunicações da seguinte forma: o “grande líder” que criou a “igreja”, adquire um canal de tv e rádio. Para não perderem o costume, os “irmãos” são chamados para financiar essas emissoras “de cristo”.

Para repassar o dinheiro da “igreja” para a emissora do “grande líder”, a “igreja” então “contrata” horários “mortos” nessas emissoras, de madrugada, por valores astronômicos. Assim, fecha-se o círculo satânico do ponto de vista econômico.

Por fim, para alargar seus tentáculos sobre o restante da sociedade que “não lhe pertence”, o “grande líder” passa a usar a “igreja” como partido político. O “grande líder” é quem comanda a parte política, pois o Estado tem muita grana para ser repassada para a “igreja”.

No caso de uma organização “teológica” familiar, como a dos Câmaras, o “grande líder” define os candidatos que vão ser votados bovinamente pelas “ovelhas”, que são tosquiadas até no inverno.

Ou inferno, tanto faz.

Apenas dessa forma faz sentido que a destituição do cargo no início deste mês do pastor Pedro Moura, de 62 anos, pela cúpula da Igreja Assembleia de Deus por não apoiar a reeleição do deputado federal Silas Câmara, repercutiu negativamente em vários sites evangélicos do país.

O pastor Moisés Melo, vice-presidente da Igreja Assembleia de Deus no Amazonas, em um vídeo (veja abaixo) comunica a igreja do bairro São José, Zona Leste de Manaus, que Pedro Moura, estava sendo destituído do cargo.

Pedro Moura, é pastor há 30 anos, perdeu o cargo que exercia por não aceitar o projeto político da igreja de apoiar a reeleição do deputado federal Silas Câmara.

O pastor perdeu seu cargo porque o seu filho, Euler Moura, será candidato a deputado estadual pelo PSDC e irá apoiar a candidatura de Hissa Abraão (PPS) ao cargo de deputado federal.

Mas isso não poderia ser sem que o “grande líder” Samuel desse seu aval. E isso não é possível quando o seu “mano”, o Silas, é quem é o “escolhido” para continuar sendo deputado federal.

De nada adianta, pois, como se vê no vídeo, os membros (as ovelhas) não concordarem com a saída do pastor e reclamarem da decisão política, dizendo que ele não está em pecado para ser retirado do cargo.

O próprio pastor Pedro Moura aparece no vídeo dizendo que não “aceita ser expulso da casa que ajudou a construir” e que “os líderes da Assembleia no Amazonas deveriam ouvir a voz de Deus”, no lugar de se preocupar com o projeto político.
É que o coitado não compreende a máfia “teológica” em que se meteu. Deus se apiede de sua alma!

 

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